ATA DA OCTOGÉSIMA QUINTA SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM 29-9-2008.

 


Aos vinte e nove dias do mês de setembro do ano de dois mil e oito, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, Dr. Raul, Ervino Besson, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Margarete Moraes, Nilo Santos e Sebastião Melo. Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Alceu Brasinha, Beto Moesch, Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói Guimarães, Guilherme Barbosa, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Marcelo Danéris, Maria Celeste, Maria Luiza, Maristela Meneghetti, Maurício Dziedricki, Mauro Zacher, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Professor Garcia e Sofia Cavedon. À MESA, foram encaminhados, pelo Vereador Sebastião Melo, os Projetos de Lei do Legislativo nos 226 e 228/08 (Processos nos 5655 e 5657/08, respectivamente). Também, foi apregoado o Ofício nº 819/08, do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre, encaminhando o Projeto de Lei do Executivo nº 049/08 (Processo nº 5723/08). Do EXPEDIENTE, constaram: Ofícios nos 317/08, do Deputado Federal Mendes Ribeiro Filho, Presidente da Comissão Mista de Planos, Orçamentos e Fiscalização da Câmara dos Deputados; 949148, 973062 e 973063/08, do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. Durante a Sessão, constatada a existência de quórum deliberativo, foram aprovadas as Atas da Sexagésima, Sexagésima Primeira, Sexagésima Segunda, Sexagésima Terceira, Sexagésima Quarta, Sexagésima Quinta, Sexagésima Sexta, Sexagésima Sétima, Sexagésima Oitava e Sexagésima Nona Sessões Ordinárias e da Décima e Décima Primeira Sessões Extraordinárias. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador João Antonio Dib apresentou números da execução orçamentária do Município, afirmando que se observa um quadro superavitário nestes primeiros oito meses do ano e avaliando aspectos atinentes aos recursos federais recebidos por Porto Alegre. Também, referiu-se à solenidade realizada no dia vinte e cinco de setembro do corrente, neste Legislativo, para entrega da Comenda Pedro Weingartner ao Artista Plástico Vitorino Gheno. O Vereador Claudio Sebenelo discorreu sobre a qualidade de vida a que tem acesso a população idosa no País, lembrando ser setembro o Mês do Idoso e citando festa promovida especialmente para essa faixa etária, ontem, pelo Serviço Social do Comércio – SESC. Nesse sentido, defendeu a ampliação do mercado de trabalho para pessoas da terceira idade, destacando a importância do aproveitamento da experiência que possuem essas pessoas em suas áreas de atuação. O Vereador Aldacir Oliboni criticou o estado em que se encontra a área da saúde pública em Porto Alegre, afirmando que, além de diversas outras deficiências nos serviços públicos municipais, a questão do atendimento médico à população é o mais grave. Sobre o assunto, justificou que as filas nos postos de saúde têm aumentado cada vez mais e que os cidadãos estão insatisfeitos com as atuais dificuldades encontradas nesse e em outros setores de responsabilidade do Governo Municipal. O Vereador João Bosco Vaz discorreu a respeito de irregularidades que, segundo Sua Excelência, têm sido cometidas na atual campanha eleitoral em Porto Alegre, alegando que podem ser verificadas na Cidade ações incompatíveis com as determinações da Lei. Nesse aspecto, solicitou que o Ministério Público Eleitoral fiscalize com mais atenção o comportamento de alguns candidatos que não estão agindo com lealdade. O Vereador Elói Guimarães defendeu que seja feita uma reforma política no País, justificando que essa necessidade se dá em virtude de distorções verificadas no panorama eleitoral contemporâneo. Também, propugnou por reorganização na estrutura federativa brasileira, justificando que os Municípios, enquanto entes prestadores de serviços de competência pública, estão mais intrinsecamente ligados às comunidades e, assim, têm melhores condições de avaliar suas carências e a aplicação dos recursos oriundos do Governo Federal. Na ocasião, foi apregoada a Emenda nº 01, proposta pelo Vereador Sebastião Melo e assinada pelo Vereador Haroldo de Souza, Líder da Bancada do PMDB, ao Projeto de Lei do Legislativo nº 220/08 (Processo nº 5386/08). A seguir, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Em continuidade, foi aprovado Requerimento de autoria do Vereador Sebastião Melo, solicitando que a Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 220/08 fosse dispensada do envio à apreciação de Comissões Permanentes. Em Discussão Geral e Votação, foram aprovados o Projeto de Lei do Legislativo nº 220/08 e a Emenda nº 01 aposta. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 221/08. Após, o Senhor Presidente declarou encerrada a Ordem do Dia. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Elói Guimarães discursou acerca da necessidade de realização de reformas políticas e estruturais no Brasil, defendendo que modificações na legislação eleitoral proporcionem efetiva igualdade de condições entre candidatos a cargos públicos e propondo a ampliação da base financeira dos Municípios. Também, reivindicou que a Prefeitura Municipal encontre soluções para a erosão ocorrida nas margens de arroios em épocas de alto volume pluvial. O Vereador Nereu D’Avila solicitou que o Ministério Público Eleitoral investigue a origem dos recursos aplicados por candidatos a Vereador no atual processo eleitoral, alegando que existem concorrentes à Câmara Municipal que têm praticado abuso econômico. Nesse contexto, mencionou avanços na legislação municipal que se refletem no processo eleitoral e mostrou-se favorável à idéia de que a reforma política estabeleça o financiamento público de campanhas. O Vereador Adeli Sell, em tempo cedido pelo Vereador Marcelo Danéris, corroborando os pronunciamentos de hoje dos Vereadores João Bosco Vaz e Nereu D’Avila, comentou supostas irregularidades na campanha eleitoral em curso. Também, formulou críticas à Secretaria Municipal de Obras e Viação, asseverando que os passeios públicos no Centro de Porto Alegre estão mal conservados. Finalizando, cobrou ações mais eficientes quanto à segurança da Zona Sul da Cidade. O Vereador Professor Garcia prestou esclarecimentos acerca dos problemas existentes na linha de lotação Canal 10, reproduzindo queixas de moradores da Rua Mário de Artagão com relação a esse serviço. Sobre o assunto, solicitou que a Empresa Pública de Transporte e Circulação exija da Associação dos Transportadores de Passageiros por Lotação o atendimento adequado das regiões abrangidas por esse itinerário. O Vereador Maurício Dziedricki pronunciou-se acerca da forma como candidatos a Vereador têm conduzido suas campanhas no corrente pleito municipal, sustentando que Sua Excelência tem primado pelo cumprimento da legislação eleitoral e pelo contato pessoal com o eleitorado. Além disso, mencionando a abertura do Viaduto Leonel Brizola para o trânsito, ressaltou que serão necessárias adequações das vias próximas a essa obra para o bom andamento do tráfego na região. Às quinze horas e dezessete minutos, constatada a inexistência de quórum, em verificação solicitada pelo Vereador Haroldo de Souza, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária da próxima quarta-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Sebastião Melo e Claudio Sebenelo e secretariados pelo Vereador Ervino Besson. Do que eu, Ervino Besson, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Passamos ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

A Verª Maria Luiza está com a palavra em Grande Expediente. (Pausa.) Ausente. A Verª Maristela Maffei está com a palavra em Grande Expediente. (Pausa.) Ausente.

O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, meus senhores e minhas senhoras, eu gostaria, hoje, de fazer uma análise da arrecadação do Município até o mês de agosto, mas o documento chegou às minhas mãos neste momento, então dificilmente conseguirei fazer a análise que eu gostaria de fazer.

Tenho em mãos um documento segundo o qual o Município pagou 1 bilhão, 868 milhões e 870 mil reais e arrecadou 1 bilhão, 911 milhões e 301 mil reais, o que dá uma diferença de 40 milhões de reais; um superávit primário que, evidentemente, se destina ao pagamento das contas de financiamento que o Município detém e que está acostumado, agora, a fazer; não querem, de maneira nenhuma, que atrase. Eu vi, com preocupação, que o mês de agosto foi quase que um dos menores em matéria de arrecadação de ICMS: 29 milhões e 625 mil reais; e do SUS, que eu pensei que vinha num crescendo, sempre acima de 30 milhões ou em torno disso, apenas entraram 25 milhões e 250 mil reais. De qualquer forma, dentro das previsões, ele vai chegar ao que deve ser arrecadado, vai ultrapassar até, não tem problema, pela segunda vez, mas não vai ultrapassar os 307 milhões de reais encaminhados para a Prefeitura no Governo Fernando Henrique. Se tivéssemos feito as correções pelo IGP-M, um índice que a Prefeitura usava e o Governo Federal usa, depois pelo IPCA, que é menor... De qualquer forma, no ano de 2007 a Prefeitura ficou com uma diferença real de 104 milhões de reais. Agora vai ser uma diferença semelhante ou maior até. Então, esse decréscimo do mês de agosto não é o que vai alterar a situação que já vinha se desenvolvendo. Como eu disse, não tenho condições de analisar toda essa execução orçamentária; farei isso com muito prazer na próxima reunião.

Gostaria de registrar que, na quinta-feira, dia 25, aconteceu aqui na Câmara a outorga da Comenda Pedro Weingärtner ao artista plástico Vitório Gheno. Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, eu tenho muito tempo de Câmara e quero dizer que foi uma Sessão que eu não tinha visto igual. Havia pouca gente, o que é normal, mas as pessoas foram convidadas por escolha do homenageado. Falou o homenageado, falou este Vereador, que outorgou a Comenda, que a Câmara aprovou por unanimidade, mas, como era uma reunião que não era solene, e sim afetiva, os convidados puderam falar. A reunião não se realizou no plenário da Câmara, portanto não estava sujeita ao Regimento Interno, e os convidados puderam falar. Alguns falaram de forma muito comovida, a companheira do nosso querido Vitório Gheno não conseguiu fazer a primeira frase e começou a chorar. Foi realmente uma Sessão muito bonita e que vai ficar marcada para mim por muito tempo como uma das Sessões mais bonitas que vi realizarem na Casa do Povo de Porto Alegre, apesar da simplicidade com que foi realizada. Saúde e PAZ!

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. CLAUDIO SEBENELO: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, estamos em pleno Mês do Idoso, e ontem mais uma festa se realizou ao ar livre, no SESC, onde diariamente, neste mês, haverá comemorações e celebração da longevidade.

Somos um País que sempre tratou pessimamente o seu idoso; o idoso no Brasil é um objeto descartável, usa-se uma vez e joga-se fora. O progresso, a tecnologia, o progresso médico, a prevenção e especialmente as descobertas novas em relação às formas degenerativas de moléstias fazem com que a qualidade de vida melhore muito. Nós, a cada momento, nessa peregrinação que o processo eleitoral exige que todos os candidatos façam, encontramos pessoas acima de 90 anos. Fala-se em 10 mil pessoas acima de 90 anos neste País. No entanto, nada é mais maltratado e desvalorizado neste País do que o idoso. Antigamente, após a aposentadoria, ao idoso só era reservada a morte, a agonia; atualmente não mais - o idoso agora é a maior faixa etária da existência do ser humano, ele superou o adulto. Nós temos hoje uma previsão de que muito brevemente, no Rio Grande do Sul, vamos ter uma expectativa de vida ultrapassando os 80 anos, e, se no Brasil muitas pessoas estão atingindo um século, um centenário, nós vimos aqui, Ver. Dib, a Irmã Iná Canabarro Lucas, aos 100 anos de idade, com uma desenvoltura fantástica, trabalhar oito horas por dia, lecionando, com uma lucidez e um senso de humor fantástico, dando uma lição de vida, dando uma lição exemplar de como é bom para a toda a população, e não só para alguns, o privilégio de envelhecer com saúde, com lucidez e, principalmente, trabalhando para as suas comunidades.

Mas há a questão da desvalorização do idoso, especialmente quando ele tem o rótulo de aposentado ou condenado apenas ao extermínio, quando, na verdade, ele tem alma, ele tem sensibilidade, ele tem conhecimento, ele tem capacidade de passar esse conhecimento para gerações posteriores. Por isso quero louvar aqui o trabalho fantástico que o MInistério Público faz na recuperação de todo o material confiscado pelo Ministério, especialmente o do jogo e dos caça-níqueis, transformando sucata em computadores. Esses computadores vão ser doados para as escolas. E no projeto está a idéia de que o idoso formado em informática pode prestar um serviço fantástico à sociedade ensinando informática aos mais jovens. Aí nós vemos demonstrada uma fração da grande utilidade do idoso, da grande experiência que o idoso pode passar às crianças.

Não há incompatibilidade entre o velho e o novo, eles são apenas complementares. O convívio do idoso com as crianças é extremamente fértil, útil para a sociedade e, principalmente, é uma festa, em que o conhecimento é passado para as outras gerações ludicamente, alegremente. E as escolas vão ter como mão-de-obra para seu ensinamento o idoso resplandecente e resgatado daquele rótulo fantástico e ridículo, ao mesmo tempo, de inservível. Ao contrário, eles não são objetos descartáveis, são objetos utilizáveis. Nós declaramos, nesta tribuna e em qualquer lugar que possa ser, o nosso amor pelo idoso.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Aldacir Oliboni está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ALDACIR OLIBONI: Nobre Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, público que acompanha o Canal 16, nesse momento em que acontecem em todo o País as eleições municipais - e em Porto Alegre não é diferente -, não tem como esquecermos que o assunto predominante nesta eleição é a questão da Saúde Pública. Nós percebemos que a questão da Saúde Pública se tornou uma bandeira dos Partidos exatamente porque ela está um caos. Para a questão da Saúde não surge resolutividade, não há retorno ao cidadão. A cada momento que vamos ao bar da esquina, para comprar refrigerante, um quilo de arroz, de feijão, nós estamos pagando impostos, Ver. Ervino Besson e Ver. Dr. Raul. Esse imposto que estamos pagando não está retornando à sociedade.

Os serviços públicos estão cada vez piores, a exemplo da limpeza da Cidade, do serviço de segurança, da iluminação pública. Nós poderíamos elencar inúmeros serviços, mas o que mais me deixa indignado, Ver. João Dib, é saber que, se o cidadão não está bem, se está com febre alta, não há hospital ou Unidade de Saúde 24 horas no seu bairro para ser atendido; ele tem que se dirigir até um hospital e, muitas vezes, na grande maioria das comunidades, não há ônibus, ele tem que acordar o vizinho, ou chamar um táxi; aquele que vai socorrer o cidadão que não está bem tem que correr risco de vida. Muita coisa está mal!

Onde está a responsabilidade do gestor do Poder Público, que deveria dar retorno à sociedade em relação aos impostos que ela paga? Nós, que andamos pelas comunidades, percebemos que elas estão indignadas, sim, e com razão. Muitas vezes pagamos pelos maus políticos, porque nos colocam na mesma vala. Nós vivemos falando sobre dignidade, transparência e coerência com o nosso mandato e com as proposições feitas em nome do cidadão. Pois eu estava conversando há pouco com a Bancada do PT, nós falávamos exatamente sobre isso, da indignação que o cidadão tem a cada eleição, exatamente porque as promessas não são cumpridas. E nós percebemos que o atual Governo recentemente prometeu muita coisa - inclusive, nos debates, estamos presenciando isso -, e as coisas não aconteceram. Nós estamos enfrentando diariamente isso nas ruas. E ficamos também indignados, junto ao cidadão, no intuito de demonstrar que é preciso, sim, a partir de então, termos coerência ou cobrarmos coerência de quem não tem coerência.

Por essa razão é de fundamental importância que a eleição possa ser uma das grandes alavancas para as mudanças que o povo espera. Não é por acaso que surgem novas lideranças. Não é por acaso que o povo fica migrando de um lado para o outro para encontrar alguém que dê confiabilidade a eles e aos serviços públicos, dos quais ele não tem retorno, e eu falava aqui sobre a questão da Saúde Pública. Se pegarmos qualquer região da Cidade, vamos verificar que nenhuma Unidade de Saúde aumentou, e que a fila para a tentar marcar uma consulta continua, muitas vezes, frustrada; e assim o cidadão parte para um plano de saúde privado. Dá a impressão de que é proposital, exatamente para que os planos de saúde engordem o seu caixa. E o cidadão, que tem direito ao serviço público, não tem e passa a buscar, então, a iniciativa privada para poder atender a sua família ou, enfim, os problemas que ele enfrenta.

Por essa razão, a indignação do povo é nossa indignação. São muito importantes a democracia, as eleições, para que, a cada quatro anos, possamos demonstrar para a opinião pública, para o cidadão o nosso trabalho. Muitas vezes nós falamos que é importante acompanhar, sim, o site dos Vereadores, o panfleto que é distribuído e as coisas que o Vereador faz, ou diz e não faz. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. João Bosco Vaz está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. JOÃO BOSCO VAZ: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, obviamente não podemos falar em campanha eleitoral neste espaço, estamos na reta final da campanha. Mas, colegas Vereadores e colegas Vereadoras, eu quero deixar um alerta aqui ao Ministério Público Eleitoral nessa corrida final. Não vou falar nomes, a Legislação não permite; não vou falar de Partidos, a Legislação não permite. Agora, a concorrência é desleal; a concorrência é desleal de determinadas pessoas. Umas estão aqui dentro, outras estão lá fora. Penso que chegou o momento de o Ministério Público Eleitoral agir, agir! Essa questão do abuso do poder econômico está saltando aos olhos da população de Porto Alegre. A gente conversa, a gente ouve, a gente vê, e não acontece nada, não acontece nada! Agora, se é o João Dib que faz, se é o João Bosco que faz, se é o Haroldo que faz, se é o Adeli, se é a Margarete - que são conhecidos -, aí acontece, aí acontece, aí acontece! Eu, agora, estava vindo para cá, vi um carro com uma casinha de cachorro - só vou fazer a ilação -, vocês sabem do que estou falando, uma casinha de cachorro em cima do carro, até o cachorro tem o sonho da casa própria! Então, a minha mensagem é uma mensagem de cidadania, é uma mensagem de cidadania! Na eleição passada, por muito menos, por muito menos, por um telemarketing, levei uma multa de 20 mil e tive que pagar! Por causa de um telemarketing! Atenção, Ministério Público Eleitoral, por favor, a concorrência aí fora é desleal, desleal!

Como devemos manter uma ética interna, nenhum de nós aqui quer fazer uma representação oficial ao Ministério Público Eleitoral. Mas com os integrantes, com os fiscais que o Tribunal Regional Eleitoral tem, ora, vou repetir: salta aos olhos de todos o que está acontecendo em Porto Alegre, salta aos olhos! Não é preciso se deter nisso ou naquilo, não! Salta aos olhos! Por isso este alerta. Eu tenho certeza de que muitos dos companheiros e companheiras que aqui estão gostariam de ter vindo falar disso, ou concordam com o que estou dizendo, com o que estou analisando. Diz aqui o Ver. Todeschini que já falou sobre o assunto, o Ver. Adeli falou sobre o assunto, o Ver. Guilherme falou sobre o assunto, o Ver. Nilo concorda, o Haroldo concorda; então, estou sublinhando, estou reforçando, porque está demais! Tem gente aí “matando a mãe e chorando no velório”! Vou repetir, vou fazer uma figura: tem gente aí “matando a mãe e chorando no velório”! Mas nós acreditamos na Justiça e no Ministério Público Eleitoral. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Convido os Srs. Líderes de Bancadas e seus representantes a se aproximarem da Mesa. (Pausa.)

O Ver. Elói Guimarães está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, a experiência, ao longo das campanhas políticas, informa-nos que a Reforma Política se impõe em nosso País. Evidentemente, não vamos, a este tempo, aprofundar sobre a matéria, mas é inquestionável, quando se observa o panorama e os movimentos eleitorais, que se faz imprescindível uma Reforma Política.

Por outro lado, também precisamos alterar a estrutura federativa do ponto de vista das competências. A Constituição da República estabelece as competências dos Poderes Federal, Estadual e Municipal, e o que se observa é um crescimento de expectativas em relação à capacidade de ação do Município. Nós, Vereadores, nos inter-relacionamos permanentemente com as comunidades, mas as campanhas, Ver. Nilo Santos, em decorrência natural do processo eleitoral, fazem com que aprofunde, penetre mais nas comunidades, nas suas questões fundamentais, e ali se vê o fosso, exatamente a falta de respostas, e não a questão deste Governante, daquele Governante, deste Partido ou daquele Partido. Não está aqui em análise a melhor eficiência deste ou daquele; não, absolutamente não. Mas está exatamente a bitola, a capacidade, vamos dizer assim, de ação do ente Municipal, do Município enquanto entidade prestadora de serviços da competência pública.

Então, observam-se exatamente essas profundas carências. E já temos dito reiteradamente: a União se transformou numa grande esponja, ela suga os recursos regionais e locais. E é bom que se diga que tem dinheiro a União. E há situações que a ausência de projetos locais faz com que a União esteja abarrotada de recursos. Então, muitas vezes faltam projetos, eu não diria nos grandes Municípios, onde há toda uma estrutura, mas para determinados Municípios, médios Municípios e pequenos Municípios, a falta de projetos muitas vezes faz com que retorne o recurso que de lá saiu, que saiu das comunidades.

Portanto, uma reforma estrutural, recalibrando o poder financeiro hoje, empalmado pela União, faz-se necessária para que os Municípios não sejam cobrados da forma como, efetiva e verdadeiramente, são cobrados pelas populações que têm necessidades imensas. Fica aqui, Sr. Presidente, Srs. Vereadores, a nossa colocação para dizer que a Reforma Política é fundamental para dar a grande igualdade, a grande visibilidade aos Partidos políticos. Obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Apregoamos a Emenda nº 01 ao PLL nº 220/08, proposta pela Mesa Diretora: “Fixa subsídio mensal dos Srs. Vereadores de Porto Alegre e ajuda de custo da Presidência e dos Vereadores da Câmara Municipal de Porto Alegre para a XV Legislatura, período de 1º de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2012, e dá outras providências”.

Havendo quórum, passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em votação o Requerimento que solicita a dispensa do envio da Emenda nº 01 ao PLL nº 220/08 à apreciação das Comissões. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Srs. Vereadores, eu peço a atenção de Vossas Excelências. Diz o art. 11 da Constituição textualmente (Lê.): “A remuneração do Prefeito, Vice-Prefeito e dos Vereadores será fixada pela Câmara Municipal, em cada Legislatura para a subseqüente, em data anterior à realização das eleições para os respectivos cargos, observando o que dispõe a Constituição Federal.” Portanto nós temos o dever constitucional de votar o subsídio para a Legislatura vindoura. E quero deixar claro para toda a Casa, para os nossos amigos da imprensa que a Câmara não está aumentando o salário; nós estamos votando o mesmo salário. O que hoje os Vereadores de Porto Alegre ganham será o mesmo salário que os Vereadores vão ganhar a partir de 1° de janeiro, sem nenhum centavo de aumento - que não fique dúvida sobre isso! (Palmas.)

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 5386/08 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 220/08, de autoria da Mesa Diretora, que fixa o subsídio mensal dos Vereadores de Porto Alegre e a ajuda de custo da Presidência e dos Vereadores da Câmara Municipal para a XV Legislatura, período de 1º de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2012, e dá outras providências.

 

Parecer Conjunto:

- da CCJ e CEFOR. Relator-Geral Ver. Luiz Braz: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 82, §1º, III, da LOM.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em discussão o PLL n° 220/08. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação o PLL n° 220/08. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO pela unanimidade da Casa.

Em votação a Emenda n° 01 ao PLL n° 220/08. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 5387/08 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 221/08, de autoria da Mesa Diretora, que fixa os subsídios mensais do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais de Porto Alegre para a XV Legislatura, período de 1º de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2012, e dá outras providências.

 

Parecer Conjunto:

- da CCJ e CEFOR. Relator-Geral Ver. Luiz Braz: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 82, §1º, III, da LOM.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em discussão o PLL n° 221/08. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. APROVADO.

Passamos às

 

COMUNICAÇÕES

 

O Ver. Elói Guimarães está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, eu continuo aduzindo e fazendo uma reflexão em torno da primeira manifestação aqui, em nome da Liderança, no que diz respeito à necessidade de uma Reforma Política e também de uma reforma estrutural na questão das competências, basicamente, dos Municípios. A Reforma Política, com um conjunto de mecanismos, poderá e deverá, inquestionavelmente, melhorar aquele fator que é clamado pela maioria, para estabelecer, principalmente no período eleitoral, as condições de igualdade na eleição, as condições de paridade entre não só as forças partidárias como, de resto, entre os candidatos. Obviamente haverá mecanismos para que se atinja esse objetivo; por meio de uma análise, de um estudo profundo, poderemos avançar e, a partir daí, resgatar o princípio democrático, que é o princípio da igualdade, da oportunidade para todos. Mas, no que diz respeito ao Município - e já dizíamos anteriormente -, a ele vêm sendo atribuídas, nesses últimos tempos, as mais diferentes questões que historicamente pertenciam à União e ao Estado.

A questão da Segurança Pública é um problema seriíssimo; o problema da violência tem feito com que as populações reclamem a própria segurança ao Município.

Na questão da Saúde, embora o SUS seja um Sistema Único de participação tripartite - União, Estado e Municípios, a verdade é que ao Município se atribui a operação do processo de saúde em nosso País, mas não se dá a necessária correspondência; é preciso ampliar a base financeira do Município, para que ele possa atender as populações naquilo que elas têm de fundamental, como é o caso da Saúde Pública.

Na questão da infra-estrutura, temos dito por onde andamos e temos trazido para a tribuna a questão de que precisamos de imediatos investimentos nos arrimos dos arroios em Porto Alegre. Os nossos arroios estão em situação precária pelo processo das chuvas intensas, cada vez mais, pelo processo da erosão, e estamos enfrentando problemas seriíssimos em diferentes áreas; diferentes trechos de terras estão sendo levados, e, até certo ponto, isso está comprometendo conjuntos habitacionais. Não vou aqui declinar nomes, para que não parecer que eu esteja aqui defendendo essa ou aquela comunidade, mas há conjuntos habitacionais que estão indo para a área de risco em face do desbarrancamento dos valões, dos arroios. Há áreas de entidades privadas que estão com os seus galpões quase sendo levados pelo desbarrancamento, pela erosão dos nossos arroios. Então, é preciso, urgentemente, que a Prefeitura, que o Município, invista forte nessa área por meio de um projeto específico, em que conste que serão feitos arrimos em todos os arroios em que o processo de erosão está comprometendo as habitações contíguas aos imóveis, enfim, às propriedades. Fica aqui a nossa manifestação. Obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Muito obrigado, Ver. Elói Guimarães.

A Verª Maristela Maffei está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Ausente. O Ver. Maurício Dziedricki está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Falará após a manifestação do último Vereador inscrito em Comunicações.

O Ver. Nereu D’Avila está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. NEREU D’AVILA: Sr. Presidente, Ver. Claudio Sebenelo; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhores e senhoras, eu quero reiterar, inicialmente, as palavras do Ver. João Bosco Vaz em relação às disparidades que estão ocorrendo nesta cidade de Porto Alegre com o abuso do poder econômico. Nós ficamos perplexos, e a população também, porque o abuso está muito ostensivo em relação à média dos demais candidatos, e são quase 500 candidatos. Mas, especificamente, dois candidatos - que, aliás, são do mesmo Partido - estão envergonhando a cidade de Porto Alegre.

O Ver. João Bosco Vaz e a Bancada do PDT - eu endosso seu pronunciamento como Líder - exigem que o Ministério Público verifique a situação, porque é fácil verificar a ostensividade. E são dois Secretários: um foi de uma Secretaria; o outro, de uma Autarquia. Então é muito complicada essa situação e intolerável para os demais Pares desta Casa, porque a campanha é difícil para todos, mas existem dois que estão gastando como o Rei Midas, que onde colocava a mão brotava ouro. Só que esse ouro saiu de algum lugar! E o Ministério Público tem de investigar essas coisas, o PDT está exigindo isso.

A Reforma Política, que está vindo - o Presidente da República é a favor, nós somos a favor -, que traga a igualdade de verbas públicas para os Partidos. Os Partidos, agora, usam bem a televisão, fazem a sua propaganda político-ideológica, através do Fundo Partidário, com aquilo que todos os Partidos recebem. E tem gente que diz: “Ah, pois é, dar dinheiro para a eleição...” Aí iguala, colocando todos no mesmo patamar, o que é democrático.

A conquista do voto se dá na consciência dos eleitores e não por exuberância de poder econômico, de fotografias, ou de pôster, ou de muros pintados. A nossa Casa já conseguiu, em Porto Alegre - e toda a Cidade está elogiando -, retirar a propaganda dos postes, pois era uma poluição visual, além de tudo, ficava perto de transformadores, resultando em multas. E ninguém perdeu nada com isso! Mas ainda ficaram transformações abusivas, ostensivamente abusivas.

Então a Reforma Política tem de igualar todos os Partidos. Os Partidos recebem lá, interna corporis; a lei partidária já definiu isso. Antigamente, os Partidos estavam cadastrados pelo autoritarismo; no Tribunal Eleitoral, para aceitar uma filiação partidária, tinha de ir até o DOPS saber quem eram os filiados, isso no caso do velho MDB. Agora, a lei progrediu. Hoje os Partidos têm autonomia interna corporis para as suas decisões. Em abril e outubro, os Partidos apenas comunicam ao Tribunal Eleitoral sobre o número de filiados, a renovação de filiados, os que morreram, os que eventualmente se afastaram do Partido, que deram baixa, e os novos filiados. Então é apenas uma comunicação. Mas a lei determina que os Partidos tenham autonomia interna corporis para a sua organização, e isso já é um avanço, e, dentro desse avanço, nós achamos que todos devem ter os mesmos direitos, as mesmas questões, os mesmos espaços. Virou uma guerra, os colegas estão sentindo. Aí, fala com o candidato, e ele diz: “Não, foi a minha equipe, eu não estou sabendo”. Quer dizer, colocam a culpa em cima dos demais; candidatos que têm autorização de muros vêem os seus muros grifados por outros candidatos. Eu mesmo, lá na Zona Norte, tive um muro completamente riscado, no fim eu mesmo já mandei pintar de branco, para não me incomodar, mas os colegas estão vendo isso, sentindo isso, e não é justo.

Eu acho que Porto Alegre é uma cidade... Eu acho, não, Porto Alegre é uma cidade progressista, uma cidade que já sediou o Fórum Social Mundial, uma cidade que tem projeção internacional, uma cidade escondida aqui no Conesul, projeta-se como uma cidade extremamente politizada para o resto do País, e não é justo que, na ânsia obsessiva de algumas personalidades, inclusive até colegas nossos, estejam abusando economicamente, como está acontecendo aqui em Porto Alegre. Achamos que o Ministério Público, aliás, às vezes, tão severo... Eu fui notificado, vieram dois Oficiais de Justiça ao meu gabinete, alegando que num muro lá perto do Hospital Conceição havia passado os 4 metros quadrados. Mandei a minha equipe lá, o ex-Governador Collares estava lá, também tomou as devidas providências pela Verª Neuza, e, segundo a minha assessoria, não havia, não estava ultrapassado os 4 metros, mas eu, para não me incomodar - porque não quero incomodação nenhuma com Justiça, de espécie nenhuma, eu sou um cidadão íntegro, não quero -, mandei pintar de branco totalmente, despintar o meu nome, não discuti na Justiça se havia os 4 metros ou se não. Acho que estava dentro da lei, mas não quis discutir com o Promotor.

Agora o estranho é que, com relação aos abusos que estão ocorrendo na Cidade, a Promotoria não esteja tão atenta como está às vezes com um muro lá com o nome da gente, no meio de dez nomes, que não está incomodando ninguém e passou 10 milímetros dos 4 metros quadrados. Então quero o mesmo rigor para cima dos que estão abusando do poder econômico nesta Cidade.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): O Ver. Adeli Sell está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Marcelo Danéris.

 

O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente, eu gostaria que todas as Lideranças de todos os Partidos fizessem o que fizeram os meus colegas Bosco e Nereu aqui, levantando os problemas que levantaram. Eu acho que seria salutar, ajudaria muito, e eu gostaria de ouvir, também, de todos os outros Partidos qual a opinião deles sobre as questões levantadas por esses dois colegas Vereadores. Eu já dei minha opinião, já falei, é sabida de todos, acho que estão acontecendo alguns descalabros. Infelizmente, nós, na segunda-feira que vem, poderemos ter colegas Vereadores aqui que não fizeram o que nós, corretamente, estamos fazendo: uma campanha dentro das regras. Então, quero me somar ao Ver. Nereu, ao Ver. Bosco nas suas manifestações.

Levanto aqui uma preocupação muito grande acerca do estado das calçadas em Porto Alegre. Tenho recebido inúmeras queixas, principalmente queria me dirigir ao Líder do Governo acerca do Centro da Cidade, que hoje é habitada por muitas pessoas idosas, e V. Exª sabe, meu caro Ver. Garcia, que, mesmo no entorno da Catedral, ali da Praça da Matriz, principalmente da Rua Riachuelo, tirando um pequeno pedaço da Rua Riachuelo, as calçadas estão detonadas, e não há fiscalização efetiva da SMOV. Essa é uma tarefa dessa Secretaria, e o Ver. Guilherme Barbosa foi nosso Secretário, sabe o quanto é importante fazer esse tipo de trabalho, porque isso também é uma expressão fundamental da cidadania.

 

O Sr. Guilherme Barbosa: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Adeli, quando eu vou ao Centro com um pouco de tempo, volto caminhando. E hoje passei na esquina da Rua da Praia com a Ladeira, ali havia todo um piso desenhado, cores escuras e mais avermelhadas - já falei sobre isso há algum tempo -, e a atual Administração não recolocou as pedras adequadas, colocou um simples asfalto; hoje, Ver. Adeli, tudo aquilo está absolutamente detonado e irregular. É no Centro da Cidade! A gente não pede muita coisa, pede cuidado com aquilo que a Cidade construiu ao longo de muito tempo. Eu quero reforçar o que V. Exª está dizendo, que a fiscalização desapareceu completamente. Obrigado.

 

O SR. ADELI SELL: Obrigado, Ver. Guilherme Barbosa, que foi o nosso diligente Secretário Municipal de Obras. Inclusive, no entorno do Tribunal de Justiça, vou repetir aqui, há um documento que mandei para o Tribunal de Justiça... Não tem cabimento não fazer a arrumação da calçada em torno do Tribunal de Justiça. Se pegarmos a pobre, decaída, lastimável Escola Técnica Estadual Senador Ernesto Dornelles, vamos ver o que é aquela calçada. É uma responsabilidade do Governo do Estado, do Governo do Estado! Não dá para caminhar na calçada da Escola Ernesto Dornelles, na Rua Duque de Caxias; na Rua Duque é impressionante, quem é cadeirante não tem como circular nas calçadas da Rua Duque de Caxias, na Rua Riachuelo, em várias e várias ruas do Centro de Porto Alegre.

Quero dizer que aqui me queixei sobre a questão da Estrada Afonso Lourenço Mariante; depois de muita pressão, de a comunidade ter fechado a rua, finalmente a SMOV fez o que deveria ter sido feito com antecedência, dessa vez compactando. Espero que continue, agora que está feito, cuidando, porque vou continuar fiscalizando. E, neste período, falo sobre a questão da insegurança na região da Estrada Afonso Lourenço Mariante. Mandei dois telegramas para o Major Maia, da 3ª Companhia, para que fizéssemos uma reunião. Não tive retorno ainda, talvez tenham outros problemas que são mais graves, mas quero - o povo exige, já temos milhares de assinaturas, milhares de assinaturas pedindo segurança no Rincão, no Belém Velho, na Estrada Afonso Lourenço Mariante e em toda aquela região - segurança para Porto Alegre, mas segurança em especial para aquela região, que hoje é por demais carente em Segurança Pública. Obrigado, Ver. Sebenelo.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Muito obrigado, Ver. Adeli Sell.

O Ver. Professor Garcia está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Prezado Ver. Claudio Sebenelo, Vice-Presidente desta Casa na presidência dos trabalhos, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, estamos em plena campanha eleitoral, mas a Cidade continua com suas atividades, e nós, na função de Vereadores, continuamos fiscalizando.

Venho aqui colocar uma situação que já tive oportunidade de manifestar para o Secretário de Mobilidade Urbana e Presidente da EPTC, Luiz Afonso Senna, em relação à linha Canal 10 do lotação. Sabemos da dificuldade dessa linha, é uma das linhas mais conturbadas da cidade de Porto Alegre, porque são dez lotações, mas com cinco ou seis permissionários. E o que tem ocorrido é que, após diversas trajetórias... Numa época ia até a Rua Barão do Amazonas, começaram a ocorrer assaltos aos lotações da Rua Barão do Amazonas, então voltavam próximo à Cruz... Depois, conseguimos, em 1999, fazer uma extensão até o Colégio José Carlos Ferreira, na Rua Mário de Artagão. Há dois anos, a comunidade do presídio solicitou uma extensão, foi feita uma extensão e também algumas alterações no trajeto do lotação. Uma descendo a Rua Barão do Amazonas, Rua Pedro Boticário, indo pela Av. Aparício Borges até o lotação; e uma outra descendo a Rua Mário de Artagão, passando pela Rua Manoel Vitorino, Rua João do Rio e fazendo também a Rua Pedro Boticário.

O que está ocorrendo nos últimos meses? Os moradores da Rua Mário de Artagão e entorno reclamam que o lotação não tem passado mais de forma sistemática. Falamos com o Secretário Senna, e ele disse que só se for penalizar as empresas. Tem que penalizar, porque não estão cumprindo aquilo que deveria ser a sua rota. Inclusive chegam ao ponto de, num determinado momento, perguntarem: “Alguém vai se dirigir ao ‘buraco’?” É um termo que eles usam, porque há um declive. Ora, ou nós começamos a ter seriedade nas empresas de lotação de Porto Alegre... E aqui vai um recado para a ATL, que tem que cuidar muito bem disso, porque, na realidade, o que eles querem sempre é aumentar o número de lotações. Oitenta por cento dos percursos dos nossos lotações em Porto Alegre fazem o mesmo trajeto dos ônibus, o que não resolve.

Quero fazer uma saudação ao sempre Vereador Reginaldo Pujol, que, neste momento, adentra o plenário. Parabéns, Pujol.

O que eu quero é que elas façam um itinerário e o tempo correto, porque os lotações têm um preço diferenciado, é um transporte seletivo e tem de haver responsabilidade com a Cidade. O que não pode é, numa hora, passa e, noutra hora, não passa. Os moradores estão cansados. Já fizemos uma reunião com o Secretário Senna em outra oportunidade. Foi uma reunião bastante tumultuada e conflitada, mas não resolveram o problema. Ou o Secretário Senna assume a sua função - eu estou sendo bem forte -, ou a comunidade vai fazer a função que a EPTC não está fazendo. E só digo isso aqui hoje porque já estive em mais de cinco reuniões com o Secretário, e ele vem com a mesma conversa, e a nossa função é fiscalizar. Quando chega a um determinado ponto em que não está havendo equilíbrio... Bom, eu sou uma pessoa tolerante, sou uma pessoa de discurso, uma pessoa de diálogo; agora, não venham mexer com uma comunidade pobre e carente que precisa daquele serviço e que não está sendo atendida, porque aí não vão contar com este Vereador como parceiro. E uma coisa eu aprendi na minha vida: que a parceria tem duas mãos, que o mundo é redondinho e que todo mundo precisa de todo mundo. Então, ou fazemos as coisas certas e acompanhamos a fiscalização...

Eu tenho a tabela diária, momento por momento, eu mesmo já peguei o lotação e fiquei quietinho, e não desceu naquele horário. O que está ocorrendo? Se eu dissesse antes, certamente desceria. Ora, não pode ser assim! Ou vamos tratar as coisas de forma séria, ou não é sério quem está na função e que deveria ser sério. Por essa razão eu trago aqui, com veemência, essa questão, porque isso não vai ficar assim. Não vai ficar assim! A comunidade daquela região vai se mobilizar de novo, como já fez em outras oportunidades, e já sabemos... Há vinte anos foi a questão do T-2, depois foi a questão da Rua Delfino Riet, com a questão da Rua Caldre Fião, e a questão do lotação agora está insuportável. Ou seja, aí, depois que a comunidade se rebela, toma as suas atitudes, as coisas aparecem. Para que deixar acontecer aquilo que estamos alertando há quase um ano, em várias reuniões?!

Muito obrigado, peço desculpas por ter passado o meu tempo em alguns segundos.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Muito obrigado, Ver. Professor Garcia.

O Ver. Maurício Dziedricki está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. MAURÍCIO DZIEDRICKI: Quero fazer a minha saudação ao nosso Presidente dos trabalhos, Ver. Sebenelo, e ao Ver. Brasinha, que hoje amarga uma semana de muita reflexão pelas suas convicções. Por ter conversado com o Ver. Nilo Santos, nosso Vice-Líder da Bancada, eu tomei a liberdade de falar com os nossos nobres Pares a respeito da posição política do PTB nesta eleição, principalmente, Ver. Sebenelo, por força de que nós pretendemos, em nome do PTB, nos consorciar com a preocupação do Ver. João Bosco Vaz, com a preocupação do Ver. Nereu D’Avila, com a preocupação do Ver. Adeli Sell em relação às campanhas eleitorais.

Em particular, este Vereador - que tem tido um trabalho muito duro, tem procurado buscar o reconhecimento de tudo aquilo que plantou ao longo de seus quatro anos de mandato - encontra na Justiça Eleitoral diversas manifestações do Ministério Público Eleitoral que são rebatidas por força do quê? Por propagandas eventualmente mal colocadas, por propagandas que excedem a área limite nesta campanha, mas, se existe uma preocupação que este Vereador tem, é a de cumprir todas as normas e restrições que impõe a nossa Lei Eleitoral para esta campanha. O Ver. Alceu Brasinha é testemunha disso por força de ações que nós respondemos em conjunto no Ministério Público Eleitoral.

Uma das grandes vantagens, Ver. Adeli Sell, é a prestação de contas parciais, em que podemos identificar - e tomei o cuidado de fazer um quadro comparativo - a forma com que algumas candidaturas investem. E, se há uma coisa que é cara, que custa muito, que faz com, talvez, a repercussão não seja muito positiva, são as matérias colocadas nos meios de comunicação pagos. Eu procuro não fazer isso, pela preocupação que tenho no sentido de que o momento eleitoral é um momento de rua. E os nossos bronzeados não são por força de câmaras de bronzeamento ou das praias do nosso Litoral; são por força de trabalho, visitando e amassando muito barro, Ver. Luiz Braz.

Então, quero responder aqui à provocação de alguns que têm falado do abuso desta campanha, porque tenho tranqüilidade... O Juiz Eleitoral Dr. Ricardo Hermann recebeu oficialmente a forma com que estamos conduzindo a nossa campanha com relação à divulgação dos materiais, com relação à proposta apresentada para este pleito, mas sobretudo com relação à preocupação que nós temos, Ver. Claudio Sebenelo, de cumprir a lei. Isso é um consórcio de forças que existe por meio da assessoria jurídica do PTB, que tem uma bela campanha, que tem feito uma orientação para que nossa sigla tenha o reconhecimento devido nesta Casa. Quero ressaltar que o abuso de algumas outras candidaturas, não só vinculadas à força que acompanha a situação na Prefeitura, deve ser, sim, verificado, e eu quero aqui, Ver. João Bosco Vaz, me consorciar com V. Exª na elucidação de cada ponto e fazer com que a nossa Bancada participe, porque essa é uma forma de defendermos os interesses da Cidade.

Ressalto aqui, Ver. Professor Garcia, uma preocupação que tenho por força de uma obra recém-inaugurada nesse final de semana. Na verdade, não foi inaugurada, mas tivemos, Ver. Professor Garcia, a liberação do trânsito no Viaduto Leonel Brizola. Nós lá encontramos, naquela oportunidade, não só a entrega de um equipamento extremamente importante para os bairros Humaitá, Anchieta e Navegantes como também manifestações políticas oportunistas. E uma das situações que eu vejo retrata a preocupação que deve ter a EPTC, Ver. Adeli, nos cuidados de circulação, pois muitas daquelas vias hoje estão subdimensionadas, e é preciso haver, por parte da Prefeitura - se todo o caminhar dessas mudanças que estão acontecendo na Cidade for verdadeiro -, uma reestruturação completa dos pavimentos, bem como uma reestruturação completa das vias existentes naquela região, por força dos investimentos que lá chegam e que remontam a um novo tempo para a Cidade, com mais emprego, com mais oportunidade, com valorização do bairro e com o embelezamento da Cidade.

Então é por força disso, Ver. Brasinha, que considero que o Grêmio escolheu uma bela área para fundar sua Arena, e, com certeza, depois da liberação desse Viaduto, há de se ter uma preocupação da EPTC com relação às vias de acesso, às vias laterais a esse grande empreendimento que é o Viaduto Leonel Brizola.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Muito obrigado, Ver. Maurício Dziedrick.

Em votação as Atas da 60ª Sessão Ordinária, 61ª Sessão Ordinária, 62ª Sessão Ordinária, 63ª Sessão Ordinária, 64ª Sessão Ordinária, 65ª Sessão Ordinária, 66ª Sessão Ordinária, 67ª Sessão Ordinária, 68ª Sessão Ordinária, 69ª Sessão Ordinária, 10ª Sessão Extraordinária e 11ª Sessão Extraordinária. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que as aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADAS.

 

O SR. HAROLDO DE SOUZA (Requerimento): Solicito verificação de quórum neste momento.

 

O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Solicito a abertura do painel eletrônico para a verificação de quórum, solicitada pelo Ver. Haroldo de Souza. (Pausa.)

 

O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Sr. Presidente, gostaria que fossem nominados os Vereadores presentes.

 

O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Perfeito, Vereador, será feito. Com a presença do Ver. José Ismael Heinen, temos onze presentes: Ver. Ervino Besson, Ver. João Bosco Vaz, Ver. Maurício Dziedricki, Ver. Nilo Santos, Ver. João Antonio Dib, Ver. Elias Vidal, Ver. Claudio Sebenelo, Ver. Luiz Braz, Ver. Adeli Sell e Ver. Alceu Brasinha. Não há quórum, estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 15h17min.)

 

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